Abril Azul – Conscientização do Autismo

No Mês de abril, se dá início ao Abril Azul, que visa à luta pelos que vivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). No dia de hoje é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi estabelecida em 2007 e objetiva informar a população e assim, reduzir a discriminação e o preconceito.

Esses são uns dos grandes problemas enfrentados pelos autistas e suas famílias. Muitas pessoas não buscam orientação ou um entendimento maior sobre o que é o Autismo, mesmo sendo relativamente comum.

Por isso, continue a leitura e entenda o que é o autismo. Assim, saiba lidar corretamente com o transtorno.

 

 

O Autismo

O Autismo também é conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA). As causas ainda são desconhecidas pela ciência. Mas, estudos indicam que possa ser o resultado da combinação de fatores genéticos, ocorrências durante a gestação e também, fatores externos. Além disso, algumas pesquisas recentes também apontam para alterações cerebrais.

 

 

Alguns dados

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a cada 160 crianças, uma tem o diagnóstico. Porém, há uma discrepância de dados ao tentar fazer uma estimativa de quantas crianças seriam autistas no país. Isso porque há uma dificuldade em se obter o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

Assim, existem instrumentos que auxiliam o diagnóstico, como a escala CARS (sigla em inglês para Escala de Avaliação de Autismo Infantil) e a entrevista ADI-R (sigla em inglês para Diagnóstico de Autismo Validado por Entrevista).

 

Mitos sobre o transtorno

Existem alguns mitos acerca do autismo, por exemplo, que não é possível obter melhora ao longo da vida e do tratamento, afirmar que é uma doença, visto que é um transtorno, dizer que o autista não tem afetividade e não gosta de outras pessoas.

 

É preciso que a sociedade compreenda a maneira própria de expressar que o autista possui.

 

Confira a seguir alguns mitos acerca do transtorno.

 

Autismo não é um problema psicológico

É errado dizer que o autismo é um problema psicológico. O transtorno se inicia durante a gravidez, entretanto, só é diagnosticado nos primeiros três anos da criança. Além disso, existem graus de autismo, que ainda não é possível identificar por diagnóstico laboratorial. Para descobrir o transtorno, é preciso observar.

 

 

Desse modo, estar atento ao comportamento da criança, que pode desenvolver problemas relacionados à linguagem, a interação social e comportamentos repetitivos.

 

 

Crianças autistas não vivem no seu próprio mundo

É afirmado erroneamente que essas crianças não são capazes de se comunicar e estão fechadas para si mesmas.

 

 

Mesmo que o transtorno faça com que elas desenvolvam problema de sociabilização, é possível que crianças e adultos com autismo vivam normalmente na sociedade. Além do mais, como já foi dito nesse artigo, existem graus específicos para cada tipo de autismo e todos são passíveis de tratamento.

 

 

A convivência entre crianças com e sem o TEA é feita de forma inclusiva e saudável.

 

 

Principais sintomas e como lidar

Os principais sintomas do autismo são a dificuldade de interação social, dificuldade de comunicação, com maior ou menor limitação seja na linguagem verbal e/ou não verbal, a forma literal de agir, comportamentos caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses.

 

 

Sendo assim, o grau de gravidade do transtorno irá variar desde pessoas que apresentam um quadro leve e com total independência e discretas dificuldades de adaptação, até aquelas que serão dependentes para as atividades de vida diárias, ao longo de toda a vida. 

 

 

Após o diagnóstico

É necessário que os pacientes façam uma série de tratamentos e habilitação/reabilitação para estimulação das conseqüências que o autismo acarreta, como dificuldade no desenvolvimento da linguagem, interações sociais e capacidades funcionais.

 

 

Intervenção ainda precoce

Enfim, apesar de não haver cura, através de terapias, medicamentos e muito amor é possível proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.

 

 

Inegavelmente, é de suma importância a sensibilização das pessoas quanto à neurodiversidade, praticando a tolerância, flexibilidade e compaixão. Além disso, a informação pode ajudar a ter uma intervenção ainda mais precoce e fazer com que esse seja um processo mais natural.