Inclusão já é realidade em Treze de Maio
O Brasil todo está acompanhando, em uma novela da Rede Globo, o drama de uma mãe para matricular sua filha especial em uma escola, na verdade essa obra de ficção só retrata uma realidade vivida em nosso País. Mas em Treze de Maio, felizmente, a Rede Municipal de Ensino não só incluem essas pessoas como também, tem todo um cuidado, até mesmo com os profissionais que vão lidar com esses alunos.
De acordo com o PPP (Projeto Político Pedagógico) da rede municipal “a proposta de inclusão caracteriza-se num movimento conjunto onde toda a comunidade escolar se modifica para atender as diversidades e garantir os direitos do aluno. A educação escolar deve ser significativa para o aluno, dar sentido e significado à sua vida, para que isso aconteça é necessário uma equipe multidisciplinar e mudanças na estrutura pedagógica, só assim teremos uma verdadeira escola inclusiva”.
A Secretaria Municipal de Educação dispõe de uma equipe multidisciplinar que atua junto aos alunos, famílias e professores, dando suporte para uma melhor educação inclusiva da qual conta com os seguintes técnicos: coordenadora pedagógica, orientadora educacional, psicóloga, fonoaudióloga, psicopedagoga e nutricionista. Além desses profissionais, a professora titular dos alunos portadores de necessidades especiais, conta ainda com uma professora auxiliar, obtendo assim uma educação de qualidade.
O Centro de Educação Municipal “Profª Nair Formentin Silva” (CEM), sendo a maior escola da Rede Municipal, conta com uma Sala de Recursos onde atende alunos com Deficiência Auditiva e Deficiência Visual. Esse atendimento também se estende aos alunos da classe regular, onde estes alunos recebem instruções a aulas práticas de como devem se comunicar com o colega com deficiência auditiva (aula de linguagem de sinais – Libra), que acontece uma vez por semana durante uma hora. Esta sala de recursos atende também os alunos vindos de outros Núcleos Municipais de Ensino.
Para a diretora do CEM Adriane Bez Fontana Margotti isso é um grande passo para uma sociedade mais integrada “atendemos aqui no CEM um cego, um surdo-mudo e três com Síndrome de Down, além disso, temos mais um aluno vindo de outro núcleo com baixa visão e outro da E.E.B. Monsenhor Bernardo Peters, também com baixa visão. No começo foi difícil, mas hoje, quando vejo os resultados fico muito contente, e não são só os portadores de necessidades que saem ganhando, o grupo todo ganha, desde os alunos até os técnicos e professores, já que são experiências únicas, que só vem a agregar conhecimento e valores antes não percebidos”, admite.