Escola para todos

O número de estudantes com algum tipo de necessidade especial cresce a cada ano na rede regular de ensino. Em 1998, havia apenas 43,9 mil matriculados nas redes pública e privada. Em 2003, eram 144,1 mil e, no ano passado, chegaram a 184,7 mil, um crescimento anual recorde de 28,1%. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não deixam dúvidas de que o movimento de inclusão no Brasil é irreversível.


O crescimento não acontece por acaso. A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. E deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento especializado complementar, de preferência dentro da escola. A inclusão ganhou reforços com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e com a Convenção da Guatemala, de 2001. Esta última proíbe qualquer tipo de diferenciação, exclusão ou restrição baseadas na deficiência das pessoas. Sendo assim, mantê-las fora do ensino regular é considerado exclusão, e crime.


Tendo em vista essa necessidade de se preparar para receber esses alunos, os docente e a equipe técnica da rede municipal de ensino de Treze de Maio já estão se aprimorando. A Coordenadora Pedagógica Zulema de Pieri Fontana e a Orientadora Educacional Maristela Constante de Prá, participaram entre os dias 19 e 23 de junho em Criciúma do III Seminário de Educação Inclusiva, Direito à Diversidade, promovido pelo Ministério da Educação, com foco para as deficiências visual e auditiva.

Já os professores da rede municipal receberam um curso de 24 horas nos dias 27, 28 e 29 de junho na Câmara Municipal com os conteúdos sobre política de Educação Especial, Diretrizes e Adaptação Curricular com a palestrante Edite Sehnem. Além de Treze de Maio, há ainda professores dos municípios de Sangão e Pedras Grandes participando, o que torna a troca de experiências ainda mais rica e construtiva.